A Organização das Nações Unidas
para Agricultura e Alimentação, FAO, celebra entre os dias 10 e 17 de outubro a
Semana Mundial da Alimentação. Para marcar a data no Brasil, FAO, ANDEF (Associação
Nacional de Defesa Vegetal), ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio) e
EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) realizaram o Fórum
Inovação, Agricultura e Alimentos para o Futuro Sustentável. Este ano as
entidades realizadoras do evento apresentaram o tema DESAFIO 2050 durante
encontro na capital paulista.
O tema DESAFIO 2050 apresentado
pelo fórum nesta quinta edição reflete a questão global colocada pela FAO-ONU
em 2009: precisaremos alimentar um planeta com 9 bilhões de habitantes em 2050.
Usando ciência e inovação, espera-se que o Brasil responda por 40% do
crescimento na produção mundial de alimentos. Como podemos trabalhar juntos
para vencer este desafio, em quantidade e qualidade? Conseguiremos aumentar a
produtividade e manter preservadas mais de 60% das nossas florestas nativas,
como fazemos hoje? Foram os temas abordados pelas lideranças da cadeia produtiva
do agronegócio, de alimentos e de setores importantes da sociedade.
Na abertura o representante da
ONU no Brasil Alan Bojanic apresentou problemas como os altos custos de energia
e desperdícios de alimentos no mundo (hoje 1/3 dos alimentos produzidos se
perdem) e apontou o Brasil como uma das principais nações do planeta que
conseguiram apresentar um modelo bem sucedido do agronegócio, principalmente
quando se fala em aumento de produtividade em menores áreas. Bojanic explicou
que o país apresenta tecnologias e soluções inovadoras, abundancia de água
doce, mas ainda esbarra em problemas de políticas públicas e apontou a infraestrutura como um dos gargalos
do país.
Maurício Lopes, presidente da
Embrapa lembrou que se nos anos 60 o Brasil era conhecido como exportador de
café e açúcar e importava alimentos básicos, após a crise do petróleo na década
de 70 o cenário começou a mudar a trajetória, e o país passou de uma situação
de dependência para a segurança alimentar e ainda se tornou um dos grandes
fornecedores de alimentos para o globo,o que é um "feito inédito no mundo".
O presidente da Embrapa acredita que o Brasil construiu com a revolução na
agricultura tropical, mas não esqueceu de abordar os desafios como o clima, responsável
por boa parte da volatilidade de preços nos mercados globais onde são
negociados as commodities agrícolas.
Segundo a FAO o Brasil já é um
dos principais celeiros do mundo. Para se ter uma ideia da grandeza do país, segundo
dados apresentados, hoje temos 15% das florestas do mundo em território
nacional e 12 % das reservas globais de água. Os EUA não possuem nem 1% de florestas
nativas preservadas em seu território.
O Google também apresentou soluções
de infraestrutura computacional para o agronegócio mundial com ferramentas que
permitem o armazenamento e processamento rápido de qualquer volume de informação
gerando análises mais precisas que geram decisões mais acertadas.
No evento foram homenageados 10 heróis
da Revolução Verde Brasileira: Alfredo Scheid, Alysson Paolinelli, Cacilda
Borges, Edson Lobato, Eliseu Alves, Fernando Penteado, Helena Lage, Herbert
Bartz e Roberto Rodrigues. São brasileiros que usando a ciência e tecnologia foram
responsáveis pela evolução da agricultura nacional frente ao cenário mundial. O
Brasil passou de importador de alimentos básicos na década de 70 para grande
exportador global de alimentos. Hoje o agronegócio responde por 33% do PIB (Produto
Interno Bruto) do país e cada um dos homenageados, com "sua contribuição
auxiliou no posicionamento do país como maior produtor mundial de alimentos"
afirmou o diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef),
Eduardo Daher.
Apesar de o Brasil ter assumido nos últimos anos a posição de maior potencia global na produção de alimentos , o crescimento da produção ainda não atende as expectativas da FAO para que seja possível alimentar 9 bilhões de pessoas em 2050. Um bom exemplo pode ser detectado na produção animal. Enquanto a produção brasileira de carne bovina cresceu 5,43% em volume, o consumo interno teve evolução de 7,27%. A diferença entre produção x consumo só não é maior porque as exportações se mantiveram estáveis.
Pesquisadores, empresas e lideranças das cadeias produtivas do agronegócio e outros setores apresentaram seus pontos de vista e compartilharam um desafio que é de todos. Os organizadores FAO, ANDEF, ABAG e Embrapa ainda contaram com o apoio da ONG Mundial The Nature Consevancy (TNC), movimento Todos pela Educação, Google e Rede Globo. Da Redação/ Aline Fernandes
Apesar de o Brasil ter assumido nos últimos anos a posição de maior potencia global na produção de alimentos , o crescimento da produção ainda não atende as expectativas da FAO para que seja possível alimentar 9 bilhões de pessoas em 2050. Um bom exemplo pode ser detectado na produção animal. Enquanto a produção brasileira de carne bovina cresceu 5,43% em volume, o consumo interno teve evolução de 7,27%. A diferença entre produção x consumo só não é maior porque as exportações se mantiveram estáveis.
Pesquisadores, empresas e lideranças das cadeias produtivas do agronegócio e outros setores apresentaram seus pontos de vista e compartilharam um desafio que é de todos. Os organizadores FAO, ANDEF, ABAG e Embrapa ainda contaram com o apoio da ONG Mundial The Nature Consevancy (TNC), movimento Todos pela Educação, Google e Rede Globo. Da Redação/ Aline Fernandes
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