terça-feira, 8 de outubro de 2013

Oferta menor e demanda puxam os preços mundiais da carne bovina

Após um período de preços declinantes em vários países, a carne bovina voltou a subir em agosto, superando os valores praticados em 2012. A menor oferta em alguns países, como no Brasil, e importações aceleradas em outros, como na China, dão um novo suporte aos preços.

Esse é o cenário descrito por analistas do Rabobank, uma instituição financeira especializada em agronegócio e que faz um acompanhamento trimestral do setor. Segundo os analistas do banco, houve uma redução nos custos da alimentação dos animais, o que diminui a necessidade de venda.

Um dos poucos países a viver situação inversa a esse cenário foi a Austrália. A seca forçou as vendas, reduzindo o preço médio dos animais em 1% em agosto deste ano, em relação a 2012. No caso brasileiro, os analistas do Rabobank atribuem a alta a uma redução na oferta de animais de confinamentos e a uma maior demanda de carne para exportação. A desvalorização do real também favorece as exportações.

Os Estados Unidos, que vivem um momento confuso devido à decisão de um frigorífico de não comprar a carne produzida com promotores de crescimento, também têm alta de preço. Para o banco, os preços vão continuar em alta tanto nos EUA como no Brasil.

A União Europeia começa a ter uma situação normalizada para a carne bovina, após os escândalos da carne de cavalo. A oferta menor tinha elevado os preços para patamares recordes.

Na China, os preços subiram 31% em um ano. A alta ocorre devido ao declínio da produção local e à necessidade de aumento das importações.
Fonte: 
Folha de São Paulo / Coluna: Mauro Zafalon  


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