segunda-feira, 6 de abril de 2015

Fazenda de André Bartocci é destaque no Globo Rural

Diretor da ACNB fala com o Globo Rural sobre os desafios para produzir carne. Confira:



http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2015/04/em-ms-fazenda-supera-desafios-para-produzir-carne-tipo-exportacao.html?fb_ref=Default

Os europeus já foram os principais importadores de carne bovina do Brasil, mas hoje estão em 5º lugar na lista dos nossos clientes. O motivo principal são as exigências sanitárias e de manejo feitas por eles, principalmente para as carnes de alta qualidade.
Apesar disso, uma fazenda em MS está superando os desafios para produzir carne tipo exportação, conforme mostra a reportagem.
O Brasil tem o segundo maior rebanho bovino do mundo. Entre vacas de corte e de leite são mais de 200 milhões de cabeças.
Nossa produção de carne é de 10 milhões de toneladas por ano, 80% são consumidos no mercado interno e o restante é exportado para vários países. Para a Europa vão 120 mil toneladas.
Um frigorífico de Campo Grande, a capital de Mato Grosso do Sul, está selecionando cortes especiais para a Europa, um dos mercados mais exigentes. Os europeus pagam até 20% mais pelas carnes de alta qualidade, é um mercado muito disputado, por isso, foi dividido em cotas, distribuídas entre vários países exportadores: a chamada Cota Hilton. A cota do Brasil é de 10 mil toneladas por ano, mas até hoje não conseguimos exportar nem a metade da cota.

Para a Associação Brasileira da Indústria de Exportadores de Carne (Abiec), os motivos são as barreiras estabelecidas para a carne brasileira.
Apesar disso, tudo indica que 2015 vai ser o melhor ano para as exportações dentro da Cota Hilton. A Abiec espera ultrapassar pela primeira vez a marca de 50% da cota prevista para o Brasil.
Os europeus só compram carne de machos, com menos de 30 meses de idade, pesando, no mínimo, 16 arrobas. Os animais têm que ser rastreados desde a desmama e engordados a pasto. Bois de confinamento não entram na Cota Hilton.
O problema é que nossas pastagens, em sua grande maioria, são de baixa qualidade, mas essa não é uma missão impossível.
A Nossa Senhora das Graças há 10 anos participa desse mercado com a engorda de 4 mil cabeças por ano. A fazenda consegue atingir 18 arrobas, em 30 meses, duas arrobas a mais que a regra exigida pelos europeus.
A lotação é de três animais por hectare, mais que o dobro da média nacional. André Bartocci, dono da fazenda, acompanhando o serviço de vacinação e brincagem dos animais, o número de cada um deles será registrado no Sisbov (Sistema de Rastreamento de Bovinos), controlado pelo Ministério da Agricultura.
“Os desafios são vários. Daqui pra frente, esta rastreabilidade vai garantir que esses animais consumam somente pastagem e não é simples produzir pastagem e atingir 18 arrobas antes dos 30 meses só com pastagem. A gente precisa trabalhar com alta tecnologia com manejo e pastagem de qualidade, sem a utilização de hormônios e antibióticos, porque a lei pede isso”, diz.
Além do brinco e do boton exigidos pelo Sisbov, eles colocam também um chip, uma espécie de código de barras. Quando eles apontam um bastão na direção do chip, o computador abre todas as informações armazenadas sobre o animal.
A fazenda cultiva diversas variedades de capim, com destaque para a família das braquiárias. O sistema é o de rotação de pastagens, são 30 piquetes de 40 hectares cada um, manejados com cerca elétrica.
Em geral, os bois passam apenas três dias em um determinado piquete e depois mudam para outro, só retornando na primeira área quando o capim estiver no ponto ideal novamente.
Além de ser uma região boa de chuva, o município de Caarapó tem terras planas e solos férteis, por isso, a soja e o milho concorrem com a pecuária, mas não na fazenda Nossa Senhora das Graças, que usa a técnica da integração lavoura e pecuária. As pastagens são renovadas com o plantio de grãos e depois da colheita da soja, eles semeiam o capim para aproveitar o adubo usado na produção dos grãos.
Este trabalho da fazenda foi premiado com a Medalha de Ouro da Embrapa, que instituiu o  programa de Boas Práticas Agropecuárias para incentivar a melhoria da gestão das propriedades.
Assista ao vídeo com a reportagem completa e veja como funciona a mão-de-obra especializada da fazenda, investimento importante para o manejo de uma propriedade como esta.

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