quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Alimentação e educação puxam inflação no varejo


Três grupos contribuíram para que a inflação no varejo acelerasse de 0,65% para 0,76%, na passagem de dezembro para janeiro, segundo o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Foram eles: alimentação; educação, leitura e recreação; e despesas diversas. A principal influência, no entanto, partiu do grupo alimentação, que avançou de 0,97% para 1,54%. 

"Se dependesse só do grupo alimentação, a alta no varejo seria maior", analisou o coordenador de Análise Econômica do Ibre/FGV, Salomão Quadros. A variação de preços do grupo reflete a alta das hortaliças e legumes (de -2,61% para 6,45%), que tradicionalmente sobe neste período de chuvas de verão. Entre os alimentos in natura, a maior alta foi do tomate (de -5,93% para 10,29%), seguida da batata inglesa (de -2,28% para 9,77%). 

"Há fatores em curso no atacado, que devem amenizar as pressões nos alimentos, como a desaceleração de preços da carne bovina, frango e óleo de soja. É uma questão de tempo. Mas os in natura ainda podem forçar uma alta dos alimentos antes que comecem a perder ritmo", projetou Quadros.

. E, neste mês, ainda pesou sobre o índice o material escolar (de 0,59% para 1,33%). No grupo despesas diversas, a principal contribuição de alta foi do cigarro (de 1,57% para 5,82%), por causa da tributação. 


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